Após intensas rodadas de reuniões, o governo federal divulgou uma avaliação positiva sobre as perspectivas para conter a inflação dos alimentos. O diagnóstico, baseado em fatores externos e medidas internas, aponta que a redução nos preços pode começar nos próximos meses.
Entre as iniciativas do governo, destacam-se a regulamentação do Vale Refeição e Vale Alimentação, com o objetivo de reduzir custos de intermediação e aumentar o poder de compra dos trabalhadores. O ministro Fernando Haddad afirmou que a portabilidade dos cartões, prevista em uma lei de 2022, será finalmente regulamentada. Isso deverá intensificar a concorrência entre bandeiras e baratear os alimentos, tanto em supermercados quanto em restaurantes.
O estímulo à produção agrícola também está no foco do governo. De acordo com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ações para aumentar a produção interna já apresentam resultados positivos, como o crescimento de 12% a 13% na safra de arroz deste ano, contribuindo para preços mais acessíveis.
Outro fator relevante é a expectativa de uma nova safra recorde de grãos, com aumento de até 10%, segundo a Conab. Além disso, o ciclo do boi está em uma fase que promete maior oferta de carne.
Na esfera externa, o governo aposta na queda do dólar como elemento crucial para estabilizar os preços. Segundo Haddad, o câmbio deve se manter em patamares mais favoráveis, contribuindo para reduzir os custos de alimentos exportáveis, como leite, café, carne e frutas.
Para evitar impactos fiscais, o governo descarta subsídios diretos ou intervenções heterodoxas no mercado, como tabelamento de preços. Ainda assim, negociações com varejistas continuam em pauta, buscando soluções conjuntas para aliviar a inflação nos supermercados.
O ministro Rui Costa também destacou que, caso necessário, a redução de tarifas de importação poderá ser usada para equilibrar os preços internos com os internacionais, estimulando a competitividade no mercado brasileiro.
O presidente Lula classificou a redução do preço dos alimentos como prioridade para 2025 e já convocou novas reuniões para ajustar as estratégias. Enquanto isso, o governo segue confiante de que uma combinação de ações internas e externas proporcionará alívio à mesa dos brasileiros.





