Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar um bolo que resultou na morte de três pessoas da mesma família, foi encontrada morta na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, no Rio Grande do Sul, na manhã desta quinta-feira (13). A principal hipótese é suicídio.
A Polícia Penal divulgou que Deise foi encontrada sem sinais vitais durante a conferência matinal dos agentes. “Imediatamente, os servidores prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que constatou o óbito”, diz a nota oficial. Deise estava sozinha na cela, e as circunstâncias da morte serão investigadas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).
O Caso do Bolo Envenenado
A tragédia ocorreu na véspera de Natal de 2024, quando um bolo preparado para uma confraternização familiar em Arroio do Sal, no litoral do Rio Grande do Sul, causou a morte de três pessoas e deixou outras duas hospitalizadas. Investigações apontaram que a farinha utilizada no preparo do bolo estava contaminada com arsênio.
Seis pessoas da família consumiram o bolo: Zeli dos Anjos, suas irmãs Neuza e Maida, sua sobrinha Tatiana e seu sobrinho-neto Matheus. Neuza e Maida faleceram na madrugada de 24 de dezembro. Tatiana veio a óbito no dia seguinte. Matheus e Zeli foram hospitalizados em estado grave, mas Matheus recebeu alta em 3 de janeiro de 2025.
A polícia suspeita que o verdadeiro alvo do crime era Zeli, sogra de Deise. “O principal alvo dela era a Zeli. Ela estava no local no dia em que a vítima fez o bolo e também consumiu o alimento, sendo hospitalizada”, afirmou o delegado Marcus Veloso.
Outras Investigações
Após a descoberta do envenenamento, a polícia passou a investigar se Deise também teve envolvimento na morte de seu sogro, Paulo Luiz dos Anjos, falecido em setembro de 2024, supostamente por intoxicação alimentar. A exumação do corpo revelou traços de arsênio, reforçando a suspeita de que ele também teria sido envenenado por Deise.
Em 5 de janeiro de 2025, Deise foi presa preventivamente sob acusação de triplo homicídio qualificado e tripla tentativa de homicídio. No início de fevereiro, ela foi transferida para a unidade prisional de Guaíba por questões de segurança.
A polícia segue investigando se houve outras tentativas de envenenamento por parte da suspeita.





