Na manhã desta quinta-feira (9), a Polícia Civil de Marília (SP) realizou a “Operação Gel Blasters”, que resultou na apreensão de mais de 200 armas de gel e aproximadamente 2 mil pacotes de esferas de gel. A ação, conduzida pelo Setor de Investigações Gerais (SIG), teve como objetivo combater a venda irregular desses itens, considerados perigosos para crianças e adolescentes.
Seis pessoas foram presas durante a operação, mas pagaram fiança e responderão pelos crimes em liberdade. Elas foram autuadas por infrações contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo.
O perigo das armas de gel
As armas de gel, também conhecidas como “gel blasters”, têm se tornado uma febre entre jovens e adolescentes, especialmente em batalhas simuladas promovidas por influenciadores digitais. Embora sejam vendidas como brinquedos, essas réplicas de armas de fogo podem causar ferimentos graves, como hematomas e lesões oculares que podem levar à cegueira.
Marcelo Monteiro, coordenador do Inmetro, explica que as armas de gel não são classificadas como brinquedos e, portanto, não seguem os padrões de segurança exigidos para produtos destinados a crianças. “Esses itens são voltados para o público adulto, acima dos 14 anos, e não devem ser usados por crianças. Além disso, as pontas laranjas, que indicam que não são armas reais, muitas vezes são destacáveis, tornando-as ainda mais perigosas,” ressalta Monteiro.
Ele também alerta para a alta velocidade dos projéteis disparados por essas armas, que excede os limites de segurança estabelecidos para brinquedos.
Um problema global com raízes locais
O uso das armas de gel não é exclusivo do Brasil. O fenômeno já foi registrado em países da Europa, Ásia e nos Estados Unidos, onde as batalhas simuladas são populares. No entanto, a popularidade entre crianças e adolescentes nas periferias brasileiras tem gerado preocupação, especialmente pela ausência de regulamentação e pelo uso indevido do produto.
Prevenção e conscientização
A Polícia Civil reforça que os pais devem supervisionar os itens adquiridos por seus filhos e evitar a compra de produtos que imitam armas reais. Além disso, é fundamental que comerciantes respeitem as normas de venda e só ofereçam os itens para o público permitido.
A operação “Gel Blasters” é um passo importante no combate à venda irregular desses produtos, mas também acende um alerta para a necessidade de maior fiscalização e conscientização sobre os perigos das armas de gel.
Para denúncias ou mais informações, entre em contato com a Polícia Civil de Marília.





