O que era uma promessa, hoje se consolida como uma feliz realidade para os brasileiros.
Quem assistiu o carioca João Fonseca hoje pela manhã, viu algo diferente, que nos remetem aos grandes ídolos do esporte nacional. Além de uma técnica fantástica, seu forheand (golpe de direita) é o mais potente do torneio até o momento, força mental, muita vontade de vencer, serenidade e o principal, uma simplicidade e um carisma incrível. João veio para dar espetáculo e alegria.
Hoje ele venceu nada mais nada menos que Andrey Rublev, número 9 da ATP, pelo Australian Open, que é um dos 4 torneios chamados de Grand Slam. Foi uma vitória contundente por 3 sets a 0, em um grande espetáculo. Foi aplaudido de pé e ovacioando pelos expectadores que lotaram a Margaret Court Arena em no Melbourne Park.
O jovem brasileiro de apenas 18 anos tem obtido feitos incríveis no circuito mundial:
- invicto há 14 jogos (no tênis isso é algo grande);
- passou pelo qualificatório para o Australian Open sem perder um set sequer e nem ter quebra de serviço (quando é o próprio tenista que está sacando);
- fechou 2024 como campeão do Next Gen Finals, um torneio entre os 8 tenistas de até 20 anos que mais pontuaram no ano;
- foi campeão do Chalenger 125 de Cambera, torneio preparatório para o aberto da Austrália;
Antes disso o brasileiro venceu o US Open Juvenil de 2023, tornando-se o primeiro brasileiro a encerrar a temporada como número 1 do ranking júnior. Na transição para o circuito profissional, Fonseca quebrou recordes ao se tornar o mais jovem tenista nascido em 2006 a vencer uma partida na ATP.
No começo de 2024 Fonseca tomou a decisão mais acertada de todas: descartou uma bolsa atleta em uma Universidade Norte Americana, para seguir a sua carreira no circuito profissional, ainda bem.
Fonseca já tem sido comparado com Sinner (atual número 1 do mundo) e Carlos Alcaraz (atual número 3 do mundo), como únicos tenistas masculinos da história a vencerem torneios ATP com apenas 18 anos, mas minimiza: “Quando a gente vê um jovem atingindo coisas relativamente grandes, todos já o colocam como promessa. Tenho que continuar trabalhando e não pensar muito nessas coisas de prodígio. Eu quero ser eu. Quero fazer a minha história, quero ser o João e jogar o meu tênis. Quero fazer o presente e seguir trabalhando na minha rotina” – afirmou João em entrevista para o G.E.
Os grupos de tenistas de Marília não pararam em momento algum pela manhã, em um grupo do Yara Clube composto por 169 membros, a primeira frase do dia, feita por um tenista mariliense local foi: “estão deixando a gente sonhar”, que sonhemos e aproveitemos este momento do nosso esporte.
Segundo Ricardo Germani, técnico de tênis de Marília, a tendência é João Fonseca estar entre os top 10 ainda em 2025.
Artigo escrito por Érico Jorge Gomes – Tenista, Empresário da área de pesquisa de mercado e Gestor de Marketing .