O estado de São Paulo contabiliza 13 óbitos por febre amarela em 2025, com um total de 19 casos confirmados até esta quarta-feira (26). Nenhuma das vítimas havia sido vacinada contra a doença, conforme informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
A maioria dos casos, 14 ao todo, teve como possível local de infecção a região de Campinas, abrangendo os municípios de Amparo, Socorro, Tuiuti, Joanópolis, Valinhos, Pedra Bela, Piracaia e Campinas. Outros casos foram registrados nas regiões de Bauru (Brotas), Piracicaba (São Pedro) e São José dos Campos (Caçapava). Um caso permanece com o local de infecção em investigação, e outro foi contraído em Minas Gerais.
Desde dezembro de 2024, foram confirmados 36 casos de febre amarela em macacos no estado, sendo 23 na região de Ribeirão Preto, 11 na região de Campinas, um na região de Barretos e um na Grande São Paulo (Osasco). Esses animais não transmitem a doença; ao contrário, são vítimas e atuam como sentinelas, indicando a circulação do vírus. Portanto, é crucial não maltratá-los e, ao encontrar um macaco morto, acionar a vigilância em saúde do município ou o centro de zoonoses para o recolhimento adequado do animal.
Vacinação e medidas preventivas
A vacina contra a febre amarela está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do estado de São Paulo. Para crianças menores de cinco anos, o esquema vacinal prevê duas doses: a primeira aos nove meses e a segunda aos quatro anos. Indivíduos a partir de cinco anos que não foram vacinados anteriormente devem receber uma dose única. Pessoas acima de 60 anos devem passar por avaliação médica antes de receber a vacina.
Além da vacinação, recomenda-se o uso de repelentes e roupas que cubram a maior parte do corpo ao visitar áreas de mata ou parques, locais onde a transmissão silvestre ocorre por meio de mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. A febre amarela apresenta sintomas iniciais como febre súbita, calafrios, dor de cabeça intensa, dores musculares, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza. Ao apresentar esses sinais, é fundamental procurar imediatamente uma unidade de saúde.
A Secretaria de Estado da Saúde intensificou as ações de vacinação e orientação em todo o território paulista para conter o avanço da doença. A imunização é a medida mais eficaz para prevenir a febre amarela e suas complicações.
Situação em Marília e região
Até o momento, não há registros oficiais de casos de febre amarela em humanos ou em primatas não humanos na região de Marília. No entanto, considerando a proximidade com áreas afetadas e a possibilidade de expansão do vírus, é altamente recomendável que os moradores da região verifiquem sua situação vacinal e procurem uma UBS para se imunizar, caso ainda não tenham recebido a vacina.
A prevenção é a principal arma contra a febre amarela. Manter a vacinação em dia e adotar medidas de proteção individual são atitudes essenciais para conter a disseminação da doença e proteger a saúde de toda a comunidade.





