Aeroclube de Marília emite nota de repúdio contra inatividade de serviço de combate a incêndio no aeroporto Frank Miloye Milenkovich

Entidade denuncia risco iminente à segurança de centenas de passageiros e profissionais, questionando decisão da concessionária VOA SP em reduzir serviço essencial

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Marília, 30 de junho de 2025 – O Aeroclube de Marília, instituição localizada no Aeroporto Estadual de Marília Frank Miloye Milenkovich, emitiu nesta segunda-feira, dia 30 de junho de 2025, nota de repúdio formal contra a possível inatividade do serviço de salvamento e combate a incêndio no aeroporto. 

A entidade acusa a administradora concessionária VOA SP de desinformação e de suprimir um serviço obrigatório, colocando em risco a segurança das operações aéreas e a vida de centenas de passageiros e profissionais. Até o momento, a rede VOA, responsável pelo terminal, ainda não se manifestou sobre o assunto.

O Paulista Notícias está aberto para veicular a posição da companhia, assim que ela se expressar.

Conforme a nota, o serviço de combate a incêndio teria sido removido há mais de um ano sem qualquer aviso prévio à população, pilotos, operadores de aeronaves e usuários do aeroporto. O comunicado ressalta que, mesmo em casos que envolvem operações de companhias aéreas e grande número de passageiros, a obrigatoriedade do serviço foi suprimida pelo órgão regulador.

A infraestrutura predial para o serviço, incluindo reservatório de água, bombas, equipamentos e caminhão de combate a incêndio, ainda existe no local. Esta estrutura, de alto custo, foi instalada pelo Governo do Estado de São Paulo. A unidade contava anteriormente com uma equipe de 16 profissionais especializados, agora reduzida a um único zelador.

O Aeroclube de Marília destacou que o custo para manter o funcionamento do serviço seria apenas o salário desses profissionais, um valor “inimaginável” quando se trata da segurança das operações. A entidade argumenta que a escolha por economizar e colocar vidas em risco é inaceitável. Em caso de acidentes, não há equipe disponível para resgate dentro do aeroporto, exigindo a solicitação de emergência da cidade, o que implicaria em tempo e custos incalculáveis, ou seja, “o custo será vida”.

A nota enfatizou que, em 85 anos de história, o Aeroclube nunca presenciou reduções nos padrões de segurança dessa magnitude. A decisão da concessionária VOA SP representa um perigo iminente tanto para operações regulares quanto para pousos de emergência, especialmente porque o serviço ainda consta como disponível 24 horas no ROTAER (Publicação do Manual Auxiliar de Rotas Aéreas) e não houve remoção através de NOTAM (Aviso aos Aeronavegantes). O serviço ainda é listado com categoria de proteção 5.

Por fim, o Aeroclube de Marília condenou veementemente a decisão, classificando-a como uma medida de economia financeira da concessionária VOA SP às custas da segurança. A entidade alerta que a supressão do serviço pode passar despercebida até que seja tarde demais e expressa a esperança de que a administração da concessionária reveja sua posição e que as autoridades tomem as devidas providências para assegurar a segurança necessária e resguardar a vida de todos que operam ou utilizam o aeroporto.

Leia a nota na íntegra

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